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Crescimento do Crédito

As expectativas para 2023 continuam positivas, para o Presidente da ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), Rogério Panca, as compras realizadas no e-commerce devem seguir em alta, conforme suas palavras: “[...] tivemos R$ 700 bilhões em 2022 e em 2023 será superior. Ainda mais se conseguimos acelerar as entregas do débito no e-commerce.”

No ano passado, o uso de cartões em compras no e-commerce chegou aos R$700 bilhões, sendo um crescimento de 23% comparados a 2021. No Brasil, segundo uma pesquisa realizada pela Elo sobre os hábitos de consumo, mostra que 91% das compras on-line são realizadas no crédito.

A expectativa de crescimento se fortalece devido ao espaço que o débito tem para crescer no comércio eletrônico, principalmente com o lançamento de soluções que facilitem e melhorem a experiência do consumidor nos pagamentos. Apesar do

cartão de débito não apresentar um crescimento positivo, recuando 20,5% em 2022, há soluções programadas para ser implementadas em 2023 que poderiam fazer frente ao Pix, sendo elas: transações de pequeno valor sem a necessidade de usar a senha do cartão e o click to pay (provisionamento de cartões tokenizados no e-commerce), previstas para o segundo semestre deste ano.


Receio pelo futuro

Por outro lado, essa facilidade para o consumidor poderá afetar os comércios, reduzindo a circulação de dinheiro físico, o que já vem acontecendo na Uber por exemplo, onde os motoristas estão acostumados a receber pagamentos por cartões ao invés de notas físicas, como também, estabelecimentos locais que oferecem brindes para quem quiser trocar por moedas e notas inferiores a R$100 e R$50. A iStock, plataforma de e-commerce, revelou que, apesar de 41% dos brasileiros estarem preocupados com a inflação e sentirem ansiedade sobre o futuro, 73% estão animados para ver como será o avanço da tecnologia em relação ao comércio de produtos. 

Ainda a iStock, destacou que essa mudança tecnológica foi impulsionada pela pandemia. “Quando a quarentena nos obrigou a ficar em casa, foi fundamental para muitas lojas expandir seu alcance on-line, principalmente as pequenas e médias empresas. A partir de nossa pesquisa e análise do VisualGPS, descobrimos que mais da metade dos proprietários de empresas se sentiram fortalecidos pela tecnologia, e uma grande parte dos consumidores está saudando essas inovações”. O VisualGPS informou que 86% dos entrevistados acreditam que a maioria das compras será feita online e cerca de 76% acham que não teremos mais dinheiro.


Perda de Confiança

Outro estudo, registrado pelo Índice Nacional de Confiança (INC) realizado pela PiniOn para o Instituto de Economia e Gestão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), aponta que a confiança do consumidor brasileiro alcançou 106 pontos em fevereiro, sendo uma redução de 1,8%, em relação a janeiro, e alta de 19,1% na comparação anual de 2022 a 2021.

O INC mede a percepção das famílias em relação à situação financeira atual e futura, segurança no emprego e disposição para adquirir bens de maior valor. A amostra coletada reúne participantes de 1.700 famílias de todas as regiões do Brasil. 

Em relação à comparação mensal das regiões, o Norte apresentou um maior aumento (-5,9%), Centro-Oeste (-5,2%), Sudeste (-3,5), Sul (-2,8) e o Nordeste com um leve aumento de 1,1%. Porém, na avaliação do Economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, a redução apresentada não configura necessariamente interrupção da tendência crescente da confiança do consumidor devido ao indicador se manter acima de 100 pontos, ou seja, ainda otimista.

“Esse recuo na confiança do consumidor, em relação ao mês anterior, pode ser explicado pela desaceleração da atividade econômica, prejudicando a geração de empregos e a renda das famílias”, pontua Ruiz da Gamboa.

Além disso, o economista afirma que o resultado mensal não necessariamente configura uma mudança na tendência crescente exibida pela confiança do consumidor desde maio de 2021. Para ele, a continuidade da evolução do indicador de confiança estará atrelada fundamentalmente ao desempenho da economia durante os próximos meses. “nesse sentido, esse desempenho será positivamente afetado pela determinação de uma regra fiscal com credibilidade suficiente para permitir a redução das expectativas de inflação e, portanto, da taxa básica de juros (SELIC)”, conclui.


Faturamento de Pequenas e Médias empresas

Já o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) indicou que a movimentação financeira real média das pequenas e médias empresas brasileiras aumentou 1,9% em 2022 nos setores: Agropecuário, Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços. 

Em relação aos setores, o crescimento o IODE-PMEs em 2022 foi dado pelo avanço da movimentação financeira real no Comércio (5,5% a mais que 2021), na Indústria (+2,1) já o setor Agropecuário atingiu 16,7% a mais, sendo considerado um crescimento fraco comparado a 2021. 

Detalhando mais o setor comercial, o varejo atingiu 7,6% a mais e o atacado 5,9%, enquanto a indústria, o crescimento das pequenas e médias empresas foi dado pela retomada da produção de segmentos de transformação, como por exemplo: produtos químicos, autopeças, artigos para viagens etc. Entre as regiões do Brasil que tiveram um maior crescimento, a região Centro-Oeste obteve 7,9% a mais, seguidos pelo Sul (+6,1%), Sudeste (+4,3%), Nordeste (-2,1%) e Norte (-10,3).

O principal componente desse cenário de baixo crescimento são as incertezas relacionadas com a situação da política fiscal no país. “Diante da posse da nova equipe econômica, o mercado assiste com cautela os detalhes do plano de reequilíbrio fiscal do governo, em meio ao anúncio de expansão de gastos. Apesar de se tratar de uma questão macroeconômica que, muitas vezes, parece distante de um pequeno empreendedor, os efeitos de uma política não responsável podem ter reflexos rápidos sobre toda a economia”, ressalta Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, plataforma de gestão (ERP).


Crescimento Local

Olhando para os comércios de bairros e as lojas de conveniência, houve um crescimento de 19% com o Carnaval deste ano, comparado ao ano passado de acordo com o levantamento realizado pela Linx, empresa líder no mercado de tecnologia para o varejo. A pesquisa mostrou ainda que entre os dias 18 a 22 de fevereiro, mais da metade das vendas (52%) foram de bebidas alcoólicas, sendo a cerveja  a opção mais consumida no período.

“O aumento do faturamento dos mercados de proximidade é reflexo de um Carnaval que já volta a ocupar as ruas após o controle da pandemia de Covid-19. Neste ano, além das principais capitais liberarem os bloquinhos, houve uma maior descentralização das festas, que chegaram com mais força nos bairros”, explica Samuel Carvalho, diretor da vertical de Mercados de Proximidade e Conveniência, na Linx.

Em relação às formas de pagamento, os números mostram que as transações via Pix continuam a subir, aumentando 202% neste Carnaval e o valor transacionado chegou a ser 14,7% maior, em relação ao Carnaval do ano passado.


Dia do Consumidor